segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Liberté


Sur mes cahiers d'écolier
Sur mon pupitre et les arbres
Sur le sable sur la neige
J'écris ton nom

Sur toutes les pages lues
Sur toutes les pages blanches
Pierre sang papier ou cendre
J'écris ton nom

Sur les images dorées
Sur les armes des guerriers
Sur la couronne des rois
J'écris ton nom

Sur la jungle et le désert
Sur les nids sur les genêts
Sur l'écho de mon enfance
J'écris ton nom

Sur les merveilles des nuits
Sur le pain blanc des journées
Sur les saisons fiancées
J'écris ton nom

Sur tous mes chiffons d'azur
Sur l'étang soleil moisi
Sur le lac lune vivante
J'écris ton nom

Sur les champs sur l'horizon
Sur les ailes des oiseaux
Et sur le moulin des ombres
J'écris ton nom

Sur chaque bouffée d'aurore
Sur la mer sur les bateaux
Sur la montagne démente
J'écris ton nom

Sur la mousse des nuages
Sur les sueurs de l'orage
Sur la pluie épaisse et fade
J'écris ton nom

Sur les formes scintillantes
Sur les cloches des couleurs
Sur la vérité physique
J'écris ton nom

Sur les sentiers éveillés
Sur les routes déployées
Sur les places qui débordent
J'écris ton nom

Sur la lampe qui s'allume
Sur la lampe qui s'éteint
Sur mes maisons réunies
J'écris ton nom

Sur le fruit coupé en deux
Du miroir et de ma chambre
Sur mon lit coquille vide
J'écris ton nom

Sur mon chien gourmand et tendre
Sur ses oreilles dressées
Sur sa patte maladroite
J'écris ton nom

Sur le tremplin de ma porte
Sur les objets familiers
Sur le flot du feu béni
J'écris ton nom

Sur toute chair accordée
Sur le front de mes amis
Sur chaque main qui se tend
J'écris ton nom

Sur la vitre des surprises
Sur les lèvres attentives
Bien au-dessus du silence
J'écris ton nom

Sur mes refuges détruits
Sur mes phares écroulés
Sur les murs de mon ennui
J'écris ton nom

Sur l'absence sans désir
Sur la solitude nue
Sur les marches de la mort
J'écris ton nom

Sur la santé revenue
Sur le risque disparu
Sur l'espoir sans souvenir
J'écris ton nom

Et par le pouvoir d'un mot
Je recommence ma vie
Je suis né pour te connaître
Pour te nommer

Liberté.
 
Nos meus cadernos de escola
Nesta carteira nas árvores
Nas areias e na neve
Escrevo teu nome

Em toda página lida
Em toda página branca
Pedra sangue papel cinza
Escrevo teu nome

Nas imagens redouradas
Na armadura dos guerreiros
E na coroa dos reis
Escrevo teu nome

Nas jungles e no deserto
Nos ninhos e nas giestas
No céu da minha infância
Escrevo teu nome

Nas maravilhas das noites
No pão branco da alvorada
Nas estações enlaçadas
Escrevo teu nome

Nos meus farrapos de azul
No tanque sol que mofou
No lago lua vivendo
Escrevo teu nome

Nas campinas do horizonte
Nas asas dos passarinhos
E no moinho das sombras
Escrevo teu nome

Em cada sopro de aurora
Na água do mar nos navios
Na serrania demente
Escrevo teu nome

Até na espuma das nuvens
No suor das tempestades
Na chuva insípida e espessa
Escrevo teu nome

Nas formas resplandecentes
Nos sinos das sete cores
E na física verdade
Escrevo teu nome

Nas veredas acordadas
E nos caminhos abertos
Nas praças que regurgitam
Escrevo teu nome

Na lâmpada que se acende
Na lâmpada que se apaga
Em minhas casas reunidas
Escrevo teu nome

No fruto partido em dois
de meu espelho e meu quarto
Na cama concha vazia
Escrevo teu nome

Em meu cão guloso e meigo
Em suas orelhas fitas
Em sua pata canhestra
Escrevo teu nome

No trampolim desta porta
Nos objetos familiares
Na língua do fogo puro
Escrevo teu nome

Em toda carne possuída
Na fronte de meus amigos
Em cada mão que se estende
Escrevo teu nome

Na vidraça das surpresas
Nos lábios que estão atentos
Bem acima do silêncio
Escrevo teu nome

Em meus refúgios destruídos
Em meus faróis desabados
Nas paredes do meu tédio
Escrevo teu nome

Na ausência sem mais desejos
Na solidão despojada
E nas escadas da morte
Escrevo teu nome

Na saúde recobrada
No perigo dissipado
Na esperança sem memórias
Escrevo teu nome

E ao poder de uma palavra
Recomeço minha vida
Nasci pra te conhecer
E te chamar

Liberdade


 
Paul ÉluardCarlos Drummond de Andrade e Manuel Bandeira

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Minha vida um caminho de poemas...


OS POEMAS
Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto;
alimentam-se um instante em cada
par de mãos e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti...

Mario Quintana - Esconderijos do Tempo

Vontades:

De dividir um abraço;
De partilhar um sorriso;
De contar um segredo;
De beijar na chuva e dizer que amo;
De cantar errado e me lambuzar de sorvete;
De conhecer uma pessoa especial;
De rir das maiores bobagens;
De tomar vinho e comer founden;
De ver fotografias antigas;
De sair pela rua de mãos dadas;


Ando com umas vontades estranhas ultimamento, tenho me sentido plena, porém, sentindo falta de algo, que não sei o nome. Tenho me conhecido e tem buscado mais de mim em outro, será q é possível?

Hoje...

Hoje? Por que sim!
Andei lendo meu horóscopo, e tem dito que o período é de introspecção. Pior que é verdade, pois tenho pensado, refletido tanto na vida, que as vezes não sei se estou sonhando, ou se estou acordada. Mas, vamos lá...como eu disse, tenho crescido bastante, e este tempo de "reclusão" foi fundamental, para este amadurecimento.
"Há tantas borboletas velhas", tô querendo é NOVIDADE! Planos? fazem parte de minha vida sim, não que queira antecipar o futuro, mas penso além; como as coisas deveriam ser...expectivas? Talvez!
Um dia atrás do outro e o caminho será traçado!

domingo, 14 de novembro de 2010

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Nossa, eu tento até escrever aqui, mas a correria do dia-a-dia me atropela! Gente, praticamente daqui a um mês to voltando p minha terrinha! Uma saudade bate em meu coração, pq amei demais Juiz de Fora, conheci pessoas fantásticas, que vou levar comigo sempre. E outra coisa, sabe aquela saudade de casa, a vontade de voltar p casa p rever sua familia, seus amigos, o cheiro do mar...pois é, tô aqui sonhando com este momento!
Estes dias, tava pensando o quanto cresci nesta experiência maravilhosa. Acho que Deus me lapidou neste tempo, pois sei que sou forte e to preparada para o que der e vier.
Vamos levando devagarinho, pq ainda vou p RJ, ficar quase 10 dias lá...
Um xero bem apimentado!!!!